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terça-feira, 29 de setembro de 2009

RWANDA - Os cristos de uma era nova.





O presidente ruandês, Paul Kagame, que em diversas oportunidades criticou a comunidade internacional por não intervir para acabar com os cem dias de matança, acendeu a chama do memorial enquanto homens enterravam 15 caixões em um túmulo comum perto dali.
Kagame acusou a França de armar e treinar os milicianos da etnia hutu em Ruanda, responsáveis pelos ataques a tutsis e hutus moderados que resultaram na morte de cerca de 800 mil pessoas.

Mais de 500.000 pessoas foram assassinadas e quase cada uma das mulheres que sobreviveram ao genocídio foram violentadas. Muitos dos 5.000 meninos nascidos dessas violações foram assassinados.
O Tribunal criminal internacional, teve voto unanime contra o Dr. Gerard Ntakirutimana, 45, médico missionário que exercia a medicina no hospital pertencente a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mungonero, foi condenado por genocídio e por crimes contra a humanidade e sentenciado a 25 anos de prisão pela morte de duas pessoas e por atirar em refugiados Tutsis em vários locais. Ele foi condenado por fazer parte de ataques contra Tutsis na Colina de Murambi e Colina de Muyira em várias datas.
O Pr. Elizaphan Ntakirutimana, 78, pai do Dr. Gerard Ntakirutimana e pastor presidente da associação da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Mugonero, no oeste de Rwanda foi condenado a 10 anos de prisão por crimes menores. O Pr. Elizaphan levou os atacantes para Igreja Adventista de Murambi em Bisesero onde era pastor presidente e ordenou a remoção do telhado do edifício, a fim de localizar os tutsis que lá estavam abrigados. O ato conduziu às mortes de muitos dos que estavam no local. Ele também levou os atacantes a vários locais para localizar e matar tutsis.
De acordo com a BBC, centenas de tutsis que procuraram refúgio na igreja e no hospital Adventista enviaram uma carta ao Pr. Elizaphan Ntakirutimana pedindo socorro. A carta, segundo a BBC incluia a frase: "Nós desejamos informar-lhe que amanhã seremos mortos juntamente com nossas famílias". A resposta do Pr. Elizaphan Ntakirutimana foi que eles deviam se preparar para morrer. As Milícias de Hutu, segundo as testemunhas chegaram pouco tempo depois com ambos os Ntakirutimanas. Só alguns Tutsis sobreviveram a agressão...
O Pr. Elizaphan Ntakirutimana fugiu para os Estados Unidos depois das matanças, mas foi extraditado para a Tanzânia. Seu defensor foi um dos mais caros advogados dos Estados Unidos, Dr. Ramsay Clark.
Representantes da Igreja Católica, apostolica romana,(Emmanuel Rukundo, Wenceslas Munyeshyaka,Grégoire Ndahimana,Elizaphan Ntakirutimana),Protestantes e Adventistas do 7o. Dia, Envolvidos no Genocídio de Ruanda milhares de pessoas correram para a igreja em busca refúgio. Mas, em vez disso, encontraram a morte. Um padre, Athanase Serumba, é acusado pelos sobreviventes de ter apressado a ação dos soldados que atacaram o edifício e o destruíram.
O ICTR já realizou nove julgamentos, com dez condenações e uma absolvição. Oito casos envolvendo vinte suspeitos. A expectativa era de que mais seis casos devessem ser concluídos no ano de 2003.
Estima-se que foram mortos cerca de um milhão de pessoas, a grande maior parte da minoria étnica Tutsi, em atos de violência praticados pela maioria Hutu que estava governando o pais.
O mais interessante é que outro adventista foi o responsável pela salvação de 1.268 tutsis e hutus, abrigando-os no Hotel Mille Collines em Kigali. Paul Rusesabagina ficou mundialmente conhecido ao ser retratado no filme Hotel Ruanda. Paul Rusesabagina, residente na Bélgica, afirma que se não forem tomadas posturas duras contra o Tribalismo em Ruanda o genocídio poderá voltar a ocorrer novamente, pelas mãos dos tutsis, "governantes" do país desde o fim da matança. O humanitário é conhecido como o Oskar Schindler de Ruanda, feita a comparação com o membro do regime nazista que salvou milhares de judeus durante o Holocausto.

A Bélgica e a França, foram acusadas de armar com facões e fuzis, os Hutus e Tutsis respectivamente. A ONU assistiu ao Genocídio tomando Don Perignon 1959, assim como o resto do mundo. Mais de 800 mil pessoas foram assassinadas sem distinção.

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