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quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Para Yan
Quando voce nasceu
Eu não vi
Soube depois
Conheci bem mais tarde.
Em sua carinha sapeca
Duas negras olivas encrustam o brilho de uma inteligência absoluta
A rir de minhas bobices...
Acho que te perdi
Como a perdi um dia
E perdi a chance de ser amado,
Visto,
Compreendido,
Respeitado...
Mas um dia quando crescer
Talvez
Esta página ainda esteja a vagar nesse mar virtual
Queira Deus que se reconheça em suas entrelinhas
E brote e m seu peito, um amor tardio
Por ela...
Voce a teve sempre mesmo sem sabê-la
Não raras vezes
Parentes
São nossos melhores inimigos
Com suas mentiras propagandamente repetidas
De forma perversa
A se tornar uma verdade única...
É um triste destino
E um desgosto sem par.
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