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sábado, 17 de abril de 2010
TREM - O transporte perfeito
Dia 26 de março de 2010 participamos de uma Audiência Pública com Bira Coroa na Assembléia Legislativa a respeito do transporte férreo no Subúrbio Ferroviário.
Os governantes nunca deram importância à malha ferroviária, principlamente por permitir que em 1926 a ferrovia tenha sido privatizada e tenha se transformado numa onda de desempregos e afastamento daas pessoas de suas moradias ao longo das estradas de ferro. O que está agora em funcionamento 'caindo das pernas' são apenas 13,5 km de malha ferroviária (até bem mais que o 'caminho' que será pecorrido pelo 'Metrô calça-curta, que nos oferece 8 km, e com um preço da passagem, segundo 'boatos', de R$ 15 reais!). Parece que os governos – e de longo tempo – não tem interesse em resolver seja a questão da poluição do ar, do amontoado de automóveis ( que torna a cidade um completo caos) e do inchaço de pessoas ocupando áreas de risco.
A fala em comum foi que povoamentos ao longo das rodovias muito perderam o elo com a cidade e foi a causa maior de seus empobrecimentos.
Foi esquecido que o trem é o mais ecologico dos meios de transportes pois é o maior contribuinte para a redução do Carbono no ar.
O que podemos ganhar com a implantação de malhas ferroviárias:
redução do Carbono no ar
turismo
geração de empregos
assentamento de famílias ao longo das ferrovias
melhoria no tráfego
Propostas dos Movimentos Sociais – ncluindo o FES – Forum de Entidades do Subúrbio:
Mapele
Aratu – Camaçari
Via Parafuso
Alagoinhas
Candeias
Pirajá
Dias D”Avila
Simões Filho
...
E sem gastar qualquer tostão, porque o mais caro já está lá: as linhas. E todas essas linhas poderiam ser interligadas com o Metrô, e pontos de Õnibus.
A exemplo de uma cidade que ficou com seu comércio completamente destruído, e que eu conheço muito bem, é Nazaré (que não quer ser chamada de “das farinhas”...). Nazaré, terra de meus avós, era uma cidadezinha deliciosa! E suas Feiras, principalmente a Feira dos Caxixis, com seus artesãos e artesãs que nos traziam a cultura ancestrais em panelas e pratos de barro, esculturas, pinturas diversas; artes em junco, em piaçava... A Feira que aconteceu à semana passada, nem mais ouvimos falar. Ao matar o trem, mataram a Cultura Popular e tiraram da mesa do pobre artista, o alimento. Nazaré foi deixada aos pedaços, assim como todas as outras cidades que se formaram por conta da estrada de ferro.
O que se fala à 'boca miúda' é que o dinheiro que tinha sido reservado para reativação das ferroviárias – 1976 – foi digamos, 'desviado' para as obras do Metrô: esse mesmo metrô que fizeram com 8 km, e que não vai adiantar de nada; será como aquela ponte que fizeram em determinado local, que vem do nada e chega a lugar nenhum.
Os 150 anos da implantação da ferrovia de Paripe, não foi sequer respeitado pelas autoridades, pois o pedido que está retornasse à Camaçari, foi negado. A única cidade industrial fica por conta de Recife-PE, aqui na Bahia nada se consegue, sequer o clamor de um bairro com quase 1 milhão de pessoas ( estou 'chutando' pois o Subúrbio Ferroviário eu até brinco ao dizer que passaria de Cidade a País, pelas quantidade de bairros – por volta dos 23 – e pessoas residentes; não conheço nenhum Censo daqui. Se alguem souber, por favor, diga-me).
O que poderia estar por trás do desinteresse político para reativação das ferrovias? Seria pressão por parte dos donos de empresas de Õnibus? Ou pelas privatizações das rodovias? O que renderia mais pr'os governos: cuidar realmente do bem estar popular ou render numerários aos cofres, que dizem, ser públicos?
Seja lá por que motivo for, os governos não estão dando a mínima para o Zé Povo, e é muito fácil perceber e saber disso, bastando pesquisar a respeito do por quê a Prefeitura impede algumas empresas de colocarem mais ônibus... E se voce me disser que poderia ser por conta do excesso de veículos nas ruas – releia parágrafos acima.
Aqui no Subúrbio há uma prática que prespassa a indecencia para ferir gravemente os direitos humanos: Algumas empresas pagam 'fiscais' para ficarem nos pontos mais 'populosos' e empurrarem literalmente as pessoas – natoralmente – para que a porta seja fechada. Ocorre que uma legislação diz que a capacidade é de 48 pessoas em pé – mas, mais de 60 pode ser comprovado diarioturnamente. E se voce pensa que esse ônibus irá 'passar direto' por outros pontos sem parar - enganou-se: no próximo, recomeça tudo de novo. Essa prática abusiva e ***** obriga as pessoas a deixarem roupas no trabalho, porque geralmente ficam irreconhecíveis - até os cabelos são arrancados no amontoado. Não há espaço nem para um pé! Vejo em diversas ocasiões pessoas idosas, mulheres grávidas e outr@s passarem mal com o calor, e até pessoas quase sentadas no colo do Cobrador.
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