ONU: polícia continua matando em níveis alarmantes
Em seis anos, SP e RJ registraram 11 mil mortes como "resistência seguida de morte". Para ONU, casos merecem ser investigados
iG São Paulo | 01/06/2010 14:08
O Relatório sobre Execuções Sumárias da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta terça-feira, mostra taxas “alarmantes” de violência policial no Brasil e a ação de grupos de extermínio no País. De acordo com o documento, o Brasil não cumpriu integralmente nenhuma das 33 recomendações feitas pelas Nações Unidas, depois que o relator especial da ONU sobre Execuções Sumárias, Arbitrárias ou Extrajudiciais, Philip Alston, visitou o País em 2007.
“Quase nenhuma medida foi tomada para resolver o grave problema dos assassinatos de policiais em serviço, ou para reduzir os elevados índices de assassinatos justificados como “autos de resistência”. A maioria das mortes nunca é investigada de forma significativa. Pouca coisa foi feita para reduzir a prisão e a violência”, afirma o relatório.
“Houve pelo menos 11 mil mortes registradas como ‘resistência seguida de morte’ em São Paulo e no Rio de Janeiro entre 2003 e 2009. As evidências mostram claramente que muitas dessas mortes na realidade foram execuções. Mas a polícia imediatamente as rotula de 'resistência'”, criticou o relator especial das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre Execuções Extrajudiciais, Philip Alston. Ele ressaltou que essas mortes precisam ser investigadas como assassinatos.
Segundo a ONU, das 33 recomendações feitas no relatório de 2008, nenhuma foi integralmente assimilada, 22 foram descumpridas e 11 foram classificadas apenas como “parcialmente cumpridas”. O documento denuncia que o governo brasileiro tem falhado em tomar medidas necessárias para diminuir as mortes causadas pela polícia.
Além da violência policial e dos chamados ‘autos de resistência’, o relatório também trata das mortes ocorridas dentro de unidades prisionais, a atuação de milícias e de grupos de extermínio formados por agentes públicos. O relatório também aponta falhas e vícios presentes no aparato de investigação e no processamento judicial. Essas falhas, de acordo com a ONU, propiciam a não responsabilização de crimes cometidos por representantes do Estado.
“O dia a dia de muitos brasileiros, especialmente daqueles que vivem em favelas, ainda é na sombra de assassinatos e da violência de facções criminosas. Quando visitei o país constatei que a polícia executou supostos criminosos e cidadãos inocentes durante operações. Civis foram mortos também por policiais atuando em grupos de extermínio e milícias”, disse Alston em comunicado à imprensa.
Avanços pontuais
O documento cita avanços pontuais como a investigação sobre as milícias, no Rio de Janeiro, ou a ação de polícia pacificadora, implementada em favelas da zona sul carioca. “No Rio de Janeiro o grande inquérito sobre milícias produziu um relatório detalhado e abrangente, bem como uma série de prisões e processos. Num pequeno número de favelas no Rio de Janeiro, operações violentas da polícia e contra-produtivas têm sido substituídas pela presença da polícia e pela introdução de alguns serviços básicos”, destaca o documento.
O relator elogiou ainda a nova abordagem das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio de Janeiro, que, segundo ele, substitui intervenções violentas de curto prazo. Porém, faz ressalvas: “As UPPs trazem a perspectiva de segurança real e sustentada. Mas há também cada vez mais relatos de abusos cometidos contra moradores da favela pela UPP, e os serviços sociais prometidos nem sempre foram fornecidos.”
Além disso, a ONU reconhece avanços nas ações de combate ao Esquadrão da Morte, em Pernambuco. O documento também cita a atuação do Ministério Público de São Paulo como provedor de Justiça de São Paulo na responsabilização de policiais que cometem crimes. “São passos importantes para promover a responsabilidade para a polícia”, aponta o relatório.
Copa e Olimpíadas
Para Alston, o Brasil precisa intensificar as ações contra a violência se quiser realmente ter segurança, no Rio de Janeiro, durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Novos esforços de policiamento comunitário em algumas favelas do Rio de Janeiro são muito benvindos, como é também a promessa do governo federal de aumentar os salários [dos policiais] para melhorar a segurança antes da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Mas esses esforços exigirão um impulso muito maior se forem para trazer a segurança que se espera dentro nos próximos quatro anos”, disse o relator.
(*com informações da Agência Brasil)
Fonte:
In Aruanda Mundi
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sexta-feira, 4 de junho de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Genocidio em Conta-Gotas
Adolescentes são pegos em casa – e desaparecem. Até agora, apenas o corpo de uma garota de 15 anos, que segundo a família, não tinha alianças com o tráfico nem era usuária de drogas foi levada nua, e encontrado o corpo em Camaçari. Outros adolescentes ainda não apareceram...
Uma boa velhinha, olhar distante, catarático, entre uma cachimbada e outra me disse: 'chegará o dia em que pessoas pedirão para morrer, por não aguentar ver a miséria do mundo...'
Se uma população não pode confiar num órgão que é assalariado para protegê-la dos 'homens maus', irá confiar em QUEM?
O precendente especialmente perigoso que fará crescer grupos de 'seguranças particulares' dentro de Seguranças que atuarão como se polícia fosse – e se os 'homens maus' estiverem nesses grupos? Quem garantirá que não, já que nem o Governo garante a idoneidade de alguns membros dentro da própria polícia? Se a Polícia não age com RIGOR a membros desses grupos, aceitará ela uma intervenção Federal para fazê-lo? Ou os Governos vai continuar permitindo que se matem inocentes, que são culpados apenas por serem descendentes de africanos e terem continuado pobres? Ou será que há infiltração de algum membro 'PORTAL GUIA DA GEORGIA' no Brasil? (http://blog.teophilo.info/2009/05/os-dez-mandamentos-da-nova-ordem.html)
Só tem usuário/traficante preto? Por que a média é de 16 a 25 anos?
Disseram que ninguém foi na Delegacia ou disse a algum outro policial que viu a polícia levando os garotos – isso é piada? E foi para rir? QUEM em sã consciencia vai dizer?
O alcaguete oficial - Perigossissima ação – e vou tentar explicar porquê: Suponhamos que sr X tenha um inimigo Y, por qualquer fútil motivo, a D.A. É um prato cheio para que X se livre de Y: basta ligar para a polícia e inventar uma história qualquer.
Compare comigo: Quando voce chama o Corpo de Bombeiros e a SAMU tem de responder um relatório que só falta dizer aonde vc nasceu certo? E por que? Porque eles dizem que há muitos ( e há mesmo!) trotes; ligam pros Bombeiros inventando casas caindo, incendios; pra SAMU dizem que há alguem morrendo, atropelado... e por aí vai. Ponto.
Se o CB e a SAMU, são obrigados por força da atuação dos troteiros a fazer trocentas perguntas para ter certeza, que não é ****** de alguém, como é que a polícia pode invadir a casa de qualquer cidadão simplesmente porque alguem denunciou ANONIMAMENTE? Ué, onde foram parar os chamados P2? Não há mais investigação? Não se faz mais Campana? Basta denunciar para a polícia ir ...assim? Se ver preto correndo atira antes? Coisas assim me fazem lembrar da Brigada do RS que disse ter atirado em Brum num confronto e que se o cara morreu foi de 'mal súbito'. Verdade, foi mesmo!
Qualquer um teria mal súbito recebendo NAS COSTAS 5 a 6 tiros de 12!
(http://suburbionofoco.blogspot.com/2009_10_01_archive.html)
POR UM NOVO MOVIMENTO NEGRO!
Dia Internacional da Mulher, uma mãe e uma tia receberam o presente de uma filha / sobrinha, morta a dezenas de kms de sua casa. Parabéns e Pêsames. Ambas palavras, trissilabas, mesma letra, mas significados diferentes, para diferentes pessoas.
Levantamento de A TARDE revela que 134 pessoas foram mortas pelas polícias civil e militar durante ações policiais, de janeiro até a sexta-feira, 10, em Salvador e região metropolitana. O Centro de Documentação e Estatística Policial (Cedep) da Secretaria de Segurança Pública (SSP) não divulgou os dados oficiais, apesar de a solicitação ter sido feita desde a última terça-feira.
Os números de A TARDE ainda indicam que nos primeiros dez dias deste mês, pelo menos 14 suspeitos já foram mortos. Neste ritmo, ao final de julho, teríamos 42 óbitos, mais de um por dia, média maior que a mensal dos seis primeiros meses deste ano, de 20 a cada 30 dias.
Polícia mata, governo consente
Grande parte dos assassinatos está ligada à ação de grupos de extermínio chefiados por militares. Muitas das mortes praticadas por policiais em serviço não são registradas como homicídio. Ao contrário, são registradas como resistência seguida de morte. Esse procedimento é utilizado para acobertar casos de execução sumária. Quando esses policiais se encontram fora de serviço, formam “grupos de extermínio” ou “esquadrões da morte”, engrossando os casos de execução.
A Polícia Militar (PM) abriu inquérito para apurar a morte do trabalhador rural Deiviti Maicon dos Santos, de 19 anos. O jovem foi baleado na nuca durante uma fatídica abordagem de policiais da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone), em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba.
E isso foi em 2007...
ontem mais um trabalhador - primeiro dia - foi morto pela polícia.
Se continuar desse jeito, não haverá quem apague a luz.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1184598
http://www.pstu.org.br/opressao_materia.asp?id=7955&ida=0
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